terça-feira, 18 de agosto de 2015

AVENTURA ONÍRICA

Sonhei que passeava com a patroa por um palácio faustoso de Montpellier - Sul da França, região de Languedoc Roussillon. Era uma visita guiada a um palácio/museu/castelo ou algo que o valha, regado a espumantes e comidinhas afrescalhadas. Um dramaturgo paulistano de quem gosto muito aproveitava o lance pra vender discos e livros pessoais - ele deixara uma arca num dos aposentos e os produtos tinham etiquetas com letras que correspondiam a uma tabela de preços (eu havia gostado de um box do Frank Zappa, mas estava muito caro). Num dado momento me sentei próximo ao parapeito de uma janela e fiquei fitando a cidade, abestalhado com a acaralhante vista noturna das torres da catedral de Saint Pierre. Nesse momento, um pavão pousou ao meu lado, tirou uma selfie comigo e depois voou, se despenando todo na decolagem. Me perdi da patroa num das dezenas de pavimentos do negócio, mas fiquei de boas tirando fotos da nave ilustrada e escolhendo no app do celular filtros descolados para valorizar as imagens. Tudo muito lindo, muitas obras de arte, muito valor histórico intrínseco e o diabo-a-quatro. Uma amiga de Florianópolis era uma de nossas guias, empolgadíssima, mas muito chic, muito in, não descia do salto. Acordei bem antes do despertador, com uma sensação boa e o nome da cidade na ponta da língua, os fonemas se esbaldando na lembrança etérea da perlage do espumante: Montpellier... Montpellier... Montpellier...